Ricardo Monclair - Se candidatou duas vezes como cobaia-humana para cirurgias experimentais. O Vídeo nesta descrição serve para dar credibilidade quando o mesmo informa que, cirurgias experimentais ocorrem de fato, e muito pouco na verdade é divulgado.
"Não tenho medo da morte, tenho saudade da vida. Um homem e sua busca pela cura da paraplegia."
By Ricardo Monclair
www.ricardomonclair.com
#ricardomonclair
24 de ago. de 2017
6 de jul. de 2017
TRAUMA RAQUIMEDULAR
O termo traumatismo
raquimedular (TRM) refere-se a uma condição caracterizada por lesão da medula
espinhal, resultando em alteração, seja ela permanente ou temporária, na sua
função motora, sensitiva e autonômica. É uma das causas frequentes de
morbi-mortalidade mundial. Transforma indivíduos jovens e produtivos em
dependentes que frequentemente requerem décadas de cuidado especializado e com
alto custo. No Brasil, estima-se a ocorrência de cerca de 40 novos casos por
milhão de habitantes, somando de 6 a 8 mil casos por ano com custo elevado ao
sistema de Saúde.
Causas principais: Acidentes
Automobilísticos 45%/Queda de Altura/ Mergulho 20% / Acidentes Esportivos 15%/
Atos de Violência 15%/ Outros 5%
Localização anatômica: 70% Cervical / 20% Torácica / 10% Lombar.
Localização anatômica: 70% Cervical / 20% Torácica / 10% Lombar.
Saibam mais baixando o anexo em PDF: http://www.anm.org.br/img/Arquivos/Aulas%20Curso%20Capacitação%20em%20Urgência%20e%20Emergências/Quarta/TRAUMA%20RAQUIMEDULAR.pdf
Imagem ilustrativa sem identificação de autoria
21 de jun. de 2017
15 de jun. de 2017
8 de jun. de 2017
9 de mai. de 2017
8 de abr. de 2017
20 de mar. de 2017
7 de mar. de 2017
4 de fev. de 2017
Fui fazer abdominal e fiquei paraplégica
Fui fazer abdominal e fiquei paraplégica: E a minha vida hoje é 10 mil vezes melhor por isso
Aprendi a acreditar mais em mim, não me deixar abalar pelas coisas difíceis e a escolher melhorar cada dia mais. Fiquei forte | Crédito: Arquivo pessoal/Redação Sou Mais Eu
O médico chamou minha mãe para um canto e falou algo. Ela
imediatamente caiu no chão, aos prantos. Não consegui escutar a conversa –
emergência de hospital é lugar barulhento! Mas naquele momento eu soube: estava
paraplégica. E tinha ficado assim por causa de um abdominal!
O momento em que quebrei a coluna foi filmado
Fazia quatro meses que eu havia virado “rata de academia”.
Embalada pelo fim de um namoro e determinada a me livrar de 9 kgs extras que o
hipotireoidismo havia colocado sobre meu corpo, acabei viciada em malhar. Por
isso, mesmo cansada e suada, resolvi esticar o treino no fim daquela tarde de
sexta-feira com uma série de abdominal morcego – aquele em que você eleva e
abaixa o tronco enquanto fica pendurada de cabeça para baixo numa barra, sabe?
Enquanto colocava um caixote de madeira embaixo da barra
para conseguir subir nela, pedi que um amigo filmasse minha performance. Na terceira
repetição, me desequilibrei e caí de nuca no caixote (veja o vídeo). Em
segundos o pessoal da academia me rodeou, desesperado. Mantive a calma e tentei
me levantar. Quando vi que minhas pernas não respondiam ao meu comando, pedi
que não me movessem. “E chamem minha mãe!”, gemi, enquanto uma dor impensável
se espalhava pelo meu corpo todo.
“Você nunca mais vai andar”
Minha mãe logo chegou, olhos arregalados de medo. Para não
assustá-la ainda mais, me segurei e não chorei. Só transpareci meu sofrimento quando
os socorristas do SAMU – que demorou 40 minutos para chegar... – colocaram o
colar cervical no meu pescoço. Uivei de dor!
Fui levada para um hospital público, onde me atenderam com
urgência por causa da pancada na cabeça. Após uma tomografia, chegaram a duas
conclusões: uma vértebra havia sido quebrada e eu nunca mais iria andar.
Sete horas depois de dar entrada no pronto-socorro, fui
transferida para uma clínica particular. Vivi um pesadelo nos 20 km até lá! A
dor causada por cada solavanco me tirava o fôlego. Como a lesão era no osso, os
analgésicos não davam conta. Só no dia seguinte eu senti algum alívio. E foi
meramente físico, pois o médico que veio me ver explicou que a medula estava
bastante prejudicada, muito provavelmente perfurada. “É possível que você
chegue a se levantar um dia, mas caminhar? Nunca mais!”, cravou.
E mais essa: a cirurgia infeccionou!
Não acreditei no veredito do doutor. A gente nunca pensa que
uma coisa dessas vai acontecer com a gente. Por isso, quando acontece, custamos
a aceitar. Além disso, recebi tantas visitas no domingo, que me senti amada,
forte. Sem pensar direito no que tinha acontecido, eu nem consegui ficar
triste..
Na segunda à noite, passei 4h30 na mesa da operação, numa
cirurgia destinada a colocar minha coluna no lugar. Puseram duas hastes de
titânio e 12 parafusos e descobriram que a medula não tinha sido perfurada.
Opa, eu tinha chances de voltar a andar. Porém, o processo demoraria de um a
dois anos. E eu nem imaginava, mas antes dele teria de enfrentar um desafio
mais urgente: uma osteomielite.
Trata-se de uma infecção no osso – como demorou três dias
para fazerem a cirurgia, juntou sujeira do próprio organismo no local da lesão,
que infeccionou. Resultado? Dor, dificuldade de comer e um corte que não fechava
por nada. Nesse momento, meu estado tinha passado de grave para gravíssimo,
disseram para os meus pais esquecerem a chance de voltar a andar ou não e só se
preocuparem com a minha vida, que estava em risco. Depois de duas semanas
tomando antibióticos sem sucesso, voltei para a sala de operações. Lá, limparam
a lesão e controlaram uma hemorragia interna.
Correu tudo bem no procedimento, mas três dias depois dele
uma enfermeira que me ajudava a tomar banho me tirou da cama e me soltou. Caí
no chão, o dreno rompeu e começou a sangrar. Naquela noite, tive febre e
desmoronei. Toda força de até então foi para o ralo. Chorei sem parar, me senti
fraca e incapaz. A febre me impôs uma terceira operação, para limpar novamente
e evitar outra infecção. O tormento parecia não ter fim!
A ficha caiu... e eu me desesperei!
No dia 30 de outubro, após quase um mês internada, tive
alta. Foi a maior alegria do mundo para mim, eu chorava de emoção. Mas a
euforia virou desespero logo após o jantar. É que, ao perceber como seria
complicado me locomover de cadeira de rodas em casa, tive a dimensão do quanto
seria difícil me recolocar na vida e no mundo.
Foi a pior noite da minha vida. Em desespero, me permiti
chorar e desejei ter morrido. Mesmo com o apoio dos meus pais e dos meus
irmãos, vivenciei os primeiros dias como que num pesadelo. Que só teve fim
quando um anjo chamado Serginho adentrou a porta do meu quarto.
Fisioterapeuta e amigo do meu irmão, ele veio me visitar e
me resgatou do fundo do poço. Sem me prometer nada nem me dar prazos, me
ensinou a acreditar de novo na minha recuperação. Me encheu de esperança ao
dizer que lutaria comigo para que eu recuperasse meus movimentos.
Já na primeira visita iniciou seu trabalho. Eu não mexia
nada da cintura para baixo. Fazia sessões todos os dias, de 1h a 3h. Após
inúmeras tentativas de fazer meu pé mexer, senti como se minha pele estivesse
esticando. Eram meus dedos respondendo ao meu comando! Foi muito leve, mas tão
intenso que acordei minha mãe para perguntar se era real. Ela filmou, acordou a
casa toda, que vibrou, emocionada.
Aquilo foi decisivo para que eu acreditasse mais na minha
recuperação. Evolui nas sessões de físio e fazia lições de casa quando Serginho
ia embora. Duas semanas após sair do hospital, consegui levantar. Comecei,
então, a treinar dar passos e, segurando no pescoço do Serginho, andei. Meu pai
comprou um andador para mim e uma amiga me emprestou muletas. No natal de 2013,
dei os primeiros passos sem ajuda.
Precisei de terapia para me sentir confiante de novo
Levei quase um ano para retomar minha rotina normal, com
direito a trabalhar e treinar com personal. Precisei fazer terapia para voltar
a me sentir confiante com o apoio da muleta ou da cadeira de rodas. Havia
perdido a vontade de ir para rua. Eu via as pessoas me olhando sem entender ou
questionando o fato de uma paraplégica se divertir.
Meus amigos me ajudaram e me levantaram muito, brincavam com
a situação e me divertiam. Aprendi que tudo dependia de como eu reagiria. Mas
paquerar era muito difícil. Uma vez, num bar, um cara me paquerava enquanto eu
estava sentada. Quando levantei com a muleta, ele desviou o olhar e fingiu que
nada tinha acontecido. Isso me destruiu, mas ao mesmo tempo me fez entender que
minha condição afasta muita gente que não acrescenta em nada.
Passei a postar sobre isso no blog Go, Gena (que comecei a
fazer quando ainda estava internada). Uma amiga me indicou para uma fotógrafa
que tinha um projeto para recuperar a autoestima das mulheres e ela me convidou
para posar. Achei o resultado tão incrível que percebi que não existe diferença
de beleza pela limitação física. Sou bonita sim e pronto. Ninguém tinha que se
lamentar pela minha situação.
Parte de mim foi embora no acidente
Não tem como alguém passar pelo o que eu passei e continuar
igual. Eu sou outra. Aprendi a acreditar mais em mim, não me deixar abalar
pelas coisas difíceis e a escolher melhorar cada dia mais. Fiquei forte. Eu era
muito inquieta e insatisfeita com tudo. Hoje vejo o lado bom de todas as
coisas.
Passei no concurso de escrivã da polícia civil, estou
escrevendo o livro da minha história e participo de palestras motivacionais. Eu
me arrependo demais de ter pensado em morrer, mas fez parte de um momento de
desespero. Faz três anos e quatro meses do acidente e minha vida é dez mil
vezes melhor hoje.
Maria Eugênia, 31 anos, jornalista, Jaboatão dos
Guararapes, PE da redação
Bom senso e acompanhamento profissional evitam lesões em
atividades físicas
Praticar exercícios físicos é essencial para a saúde, mas
para funcionarem e terem resultados positivos são necessários alguns
cuidados. André Nogueira, fisioterapeuta e sócio-fundador
da Club Fisio, indica três passos para o preparo do corpo antes de começar
qualquer exercício físico:
- Fazer um bom check-up. “Não podemos começar antes de saber
se está tudo ok”, salienta André.
- Fazer uma boa avaliação com um fisioterapeuta ou
profissional da área.
– Fazer alongamentos antes de todo e qualquer treino.
Nogueira dá ainda um alerta quanto à prática: “Mesmo
com acompanhamento de um profissional, alguns exercícios não são indicados e
podem ser substituídos por outros; é o caso do abdominal morcego”, explica.
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