A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4) durante o seminário "Inovação: investimentos em pesquisa e desenvolvimento", promovido pela revista "Brasileiros" em São Paulo. Nicolelis participou do encontro por meio de teleconferência, direto da Universidade Duke, em Durham, nos Estados Unidos, onde funciona um dos laboratórios que desenvolvem o exoesqueleto.
O
pesquisador afirmou que pequenos testes já foram feitos com humanos, com partes
do equipamento. "No Brasil, os testes vão começar entre o fim de outubro e
o começo de novembro. Já testamos as articulações, os motores e o controle
neural, e agora tudo isso está sendo montado, finalizado. Na simulação, [o
exoesqueleto] funcionou bem, mas agora o desafio é colocar a veste completa,
com articulações e movimentos", explicou. - Segundo
Nicolelis, cerca de cem cientistas americanos, europeus e brasileiros trabalham
no Walk Again Project (Projeto Andar de Novo). O projeto é uma parceria entre a
Universidade Duke e instituições de Lausanne (na Suíça), Berlim e Munique
(ambas na Alemanha), Natal e São Paulo.
O que é o exoesqueleto:
O
exoesqueleto é um aparelho que envolve os membros paralisados – no caso de um
paraplégico, as pernas. Ele pode ser conectado diretamente ao cérebro do
paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu
próprio corpo. Dessa forma, seria perfeitamente possível que um paraplégico
chutasse uma bola.
A
técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como "interface
cérebro-máquina", com a qual Nicolelis já obteve resultados internacionalmente
relevantes. Em um dos mais importantes, o neurocientista fez com que macacos
não só controlassem uma mão virtual, como também sentissem uma espécie de tato
quando exerciam a atividade.Laboratório na AACD
Experimentos
com voluntários serão feitos na Associação de Assistência à Criança Deficiente
(AACD) em São Paulo, onde também passará a funcionar até o fim deste mês um
laboratório dirigido por Nicolelis.
Fonte: Portal G1 05/10/2013
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